A importância dos pontos cantados


 

PONTOS CANTADOS NA UMBANDA

 

Os Pontos Cantados de Umbanda, ou seja, os cânticos entoados nos templos

umbandistas têm finalidades sequer imaginadas pelos consulentes, e mesmo por

muitos médiuns, estando longe de serem apenas para alegrar e distrair pela música.

Dentro da ritualística de Umbanda, os pontos cantados são indispensáveis. São

verdadeiras preces cantadas, que expressam a fé, a mística, as origens das Entidades

e Orixás, sua história e toda a magia da ritualística de Umbanda. 

Eles expressam, de maneira sublime, uma mensagem, uma emoção, um sentimento,

uma imagem, um alerta, uma informação, uma orientação, um conhecimento, etc.

Os atabaques têm importância fundamental para os terreiros de Umbanda, sendo

instrumento sagrado, consagrado e firmado pelos Orixás e guias, devendo os Ogãs

respeitar também todo um preceito e fundamento para poderem tocá-los durante as

giras. 

Os pontos cantados são de fundamental importância para estabelecer o padrão

vibratório dos terreiros durante as giras, devendo ser realizados com responsabilidade

e respeito, tanto pelos Ogãs, quanto pelos demais integrantes do corpo mediúnico, já

que sua força é tanta que responde pela firmeza da casa espiritual. Muito se ouve

dizer que pontos cantados com firmeza e responsabilidade são responsáveis por

manter um terreiro, ou por outro lado, destruí-lo.

Quanto à finalidade, os Pontos Cantados podem ser:

 

- Pontos de chegada ; 

- Pontos de defumação;

- Pontos de trabalho;

- Pontos de louvação;

- Pontos corta demandas; 

- Pontos de cura;

- Pontos de curimba

- Pontos de demanda

- Pontos de subida

 

Costuma se definir, ainda, os pontos cantados como verdadeiros mantras entoados em preces e louvação que evocam os espíritos superiores, fortalecendo os centros de energia,

formando juntamente com a egrégora de espíritos superiores

presentes nos terreiros durante as giras um ambiente de luz, capaz de dissipar as

energias nocivas e miasmas inferiores. É de fundamental importância que as “curimbas” sejam louvadas com concentração, fé, amor e sintonia. 

Os pontos cantados mudam de ritmo e mesmo de frequência de acordo com as vibrações espirituais:

 

- Oxalá, Obaluaê e Omolu - são sons místicos, predispondo à paz e a elevação espiritual;

- Ogum - são sons vibrantes;

- Oxossi - sons que lembram a harmonia da natureza, mais acelerados;

- Xangô - sons graves e cantados em tom baixo;

- Ibeji - sons alegres, vibrantes;

- Iemanjá, Oxum e Nanã - sons suaves, emotivos;

- Iansã - sons vibrantes, estimulantes.

 

Os pontos cantados classificam-se em:

 

- Pontos de Raiz: são aqueles ditados pelas entidades, que os trazem dos Planos

Superiores onde ativam uma linguagem espiritual referente aos sons que o ponto

emite, estabelecendo uma conexão vibratória entre o plano físico e o plano espiritual.

Esses pontos não podem ser modificados, pois são trazidos em termos metricamente organizados, com as palavras colocadas em harmonia com a vibração, que abrem canais de interação físico-espiritual, direcionando para os mais diversos fins.

 

Pontos Terrenos: São os pontos criados pelos encarnados para o Orixá, uma falange ou entidade, sendo aceitos pelos Guias desde que providos de razão, bom senso e vibração.

 

Pontos Cantados são mantras, preces, rogativas, que dinamizam forças da natureza e nos fazem entrar em contato íntimo com a espiritualidade.

Existe toda uma magia e ciência por trás das curimbas que, se entoadas com conhecimento, amor, fé e racionalidade, provoca, através das ondas sonoras, a

atração, coesão, harmonização e dinamização de forças astrais sempre presentes em nossas vidas.

 

Em um estudo com uma das entidades da casa, aprendemos que:

“O médium que conhece o ponto, e sabe o seu real significado, nunca ficará perdido em um trabalho. Pois vai não só sentir a energia, como também vai entender o que está acontecendo naquele momento no lado espiritual.”

 

IMPORTANTE:

 

O Ponto Cantado, nunca deve ser interrompido no meio. Somente uma entidade tem o poder de fazer parar um ponto.

Sobre


O Centro Espírita São José, popularmente conhecido como Bakaka, é um dos terreiros com registro ativo mais antigo de Florianópolis. Fundado por Tanair Caetano Furtado em 19 de abril de 1959 no ritual da Umbanda, desde 2006 integra o rol de Casas do culto de Almas & Angola, tradicional viés afro-brasileiro típico do litoral catarinense.


Dirigido pelos zeladores Renato de Oxossi e Marluci de Oxaguiã e tem como zeladora auxiliar a Yalorixá Mayara Furtado, além de contar com um corpo mediúnico de aproximadamente 40 pessoas entre cambones, ogãs e médiuns de incorporação.


Além das sessões semanais ocorridas na sexta-feira, e os atendimentos nas quarta-feira, os estudos no CESJ são constantes, pois entendemos que o aprimoramento espiritual de cada médium deve ser incentivado tanto quando o conhecimento que cada um deve buscar individual e coletivamente a fim de facilitar o trabalho dos Orixás e entidades. Os estudos são dirigidos e orientados por entidades, oferecendo assim respaldo aos trabalhos desenvolvidos como: de cura, limpezas energéticas (ebós), alinhamento de chakras, cirurgias espirituais. Além disso, existe a equipe responsável pela redação e edição de livros ditados, neste caso sob a direção do Caboclo Sete Estrelas.


Os estudos aqui apresentados são uma reunião das pesquisas dos médiuns, de grupos de discussão e da orientação das entidades que coordenam os trabalhos espirituais do CESJ.


Por mais que existam fontes científicas e empíricas em cada descrição, é importante destacar que a palavra final sobre cada conceito é dada por pelo menos uma entidade comandante da Casa, portanto, são informações usadas para o andamento desta casa em específico.


Esperamos auxiliar quem busca esclarecimento acerca da espiritualidade, sobre seus modos, apresentações, ferramentas, cores, energias e vibrações, à luz do bom senso e com a segurança de espíritos esclarecidos que fazem a caridade nesse Lar querido há mais de seis décadas.


Entre e seja bem-vindo